Como os embutidos são, basicamente, compostos de carne picada, são os envoltórios, conhecidas também como invólucros ou envoltórios, que desempenham o papel de envolvê-los para definir a forma e aumentar a durabilidade dos produtos. Além disso, elas garantem uma conservação mais duradoura, já que também os protegem de fatores externos que poderiam impactar a sua qualidade e preservam a sua forma e a sua estabilidade.
Contudo, ainda que persista — principalmente no mercado latino-americano — uma cultura de uso de envoltórios animais, essas alternativas não são as únicas. Tanto que, em países mais desenvolvidos, por exemplo, as de colágeno já vêm sendo utilizadas há algum tempo.
No entanto, em se tratando de tipos de envoltório, ainda é possível citar a de celulose, a de plástico, a fibrosa e a vegana; cada uma delas com características muito próprias. Justamente em razão dessa variedade, neste post, falaremos acerca do tema, explicando o que deve ser considerado no momento da escolha da melhor opção para a indústria alimentícia de embutidos. Continue a leitura!
Quais são os tipos de envoltório usados atualmente?
A seguir, vamos listar os tipos de envoltórios usados no mercado atualmente e de que maneira se diferenciam. Esse compilado inicial de informações já será bastante útil para ajudá-lo a identificar a melhor alternativa a ser adotada na sua produtora.
1. Envoltórios animais
Embora, como dito, ainda sejam muito utilizadas em determinados mercados, os envoltórios de origem animal, em termos de custo-benefício, na verdade, não representam a melhor escolha. Extraídas do intestino dos animais, não é incomum que elas apresentem um odor bastante forte — causando, até mesmo, a impressão de que estão estragadas — se, por exemplo, passarem longos períodos sem oxigenação.
Outros fatores também não tão positivos são o seu custo mais elevado, haja vista que um bom tempo é exigido para a sua produção — o que acaba por encarecer o processo, especialmente para médios produtores, que não fabricam os seus produtos em uma escala industrial — e o seu rendimento reduzido, já que não é incomum encontrar furos, rasgos ou outras imperfeições, impactando negativamente a quantidade de produção esperada.
Isso acontece em razão da sua origem (o trato intestinal de animais, como dito), o que também gera reflexos sobre a padronização, pois é inviável haver uma uniformidade. Além disso, como o sal é utilizado na sua conservação, o tempo de preparação também é aumentado, pois elas precisam passar pelos processos de higienização e de hidratação.
2. Envoltório de colágeno
Entre os tipos de envoltório, uma alternativa que vem ganhando maior popularidade nos últimos tempos especialmente em razão dos inúmeros benefícios, que ultrapassam as indústrias de embutidos e alcançam, inclusive, o público consumidor, as de colágeno são comumente produzidas a partir dessa proteína que é extraída da derme de bovinos rigorosamente escolhidos.
Diferentemente das animais, elas — além de representarem uma opção mais moderna e sustentável — aumentam a produtividade das empresas, são mais higiênicas e ainda permitem a padronização do calibre.
Contudo, a sua utilização entrega outras vantagens, como:
- maior uniformidade no aspecto: com uma característica oposta em comparação os envoltórios animais, as de colágeno garantem que o produto final apresente mais uniformidade, o que é especialmente interessante para os fabricantes em escala industrial, já que os embutidos serão padronizados, assegurando um visual que é até mais atrativo aos olhos do consumidor final;
- risco de contaminações reduzido: os envoltórios de colágeno já são encontradas no mercado prontas para o uso, de modo que basta colocá-las na máquina para a produção dos embutidos. Com isso, os processos de lavagem e de enxágue são desnecessários, o que diminui exponencialmente a necessidade de manuseio e, por consequência, reduz a chance de haver contaminações. Mais uma vez, essa vantagem alcança o público consumidor, que acaba por ter acesso a um produto final de maior confiabilidade;
- melhor custo-benefício: como não há perdas no estágio de fabricação, o uso do s envoltórios de colágeno — em comparação aos demais tipos de envoltório — demanda menos recursos das indústrias de embutidos, apresentando um custo menor.
3. Envoltórios de celulose
Usualmente produzidas com pasta de madeira e/ou com fibras de algodão, que são processadas e, então, transformadas em envoltórios, a sua utilização se dá principalmente na fabricação de salsichas, mas também de linguiças defumadas, mini salames etc. Os invólucros, nesse caso, são removidos após o processo de cozimento, o que resulta em produtos sem pele que são comercializados por diversos fabricantes.
4.Envoltórios de plástico
Entre os tipos de envoltório , os de plástico são as envoltórios mais usadas para produção de mortadelas, paté, presuntos e apresuntados, entretanto, em razão de não “migrarem” o aroma proveniente da defumação e também não eliminarem a água do produto, elas não são recomendáveis para embutidos defumados ou maturados .
Os novos envoltórios plásticas de transferência, são soluções funcionais que agregam valor transferindo cores ou sabores.
5. Envoltórios fibrosas
Os envoltórios fibrosas, usualmente, são fabricadas com celulose reforçada com fibras e são capazes de dar aos embutidos um visual mais natural, com uniformidade no calibre e uma boa pelabilidade, por isso são especialmente recomendáveis para produtos fatiados, por exemplo. Além disso, em regra, são permeáveis ao vapor d'água, ao oxigênio e à fumaça, mas impermeáveis a micro-organismos.
6. Envoltórios veganas
Já os envoltórios veganas, geralmente ofertadas por empresas com uma ideologia inovadora e atentas às demandas diversas do mercado, são produzidas à base de plantas. Comumente, elas apresentam características únicas em comparação aos demais tipos de envoltório , como ausência de alérgenos, glúten etc.
O que considerar na escolha da opção ideal entre os tipos de envoltórios ?
Mais do que nunca, os consumidores finais estão exigentes, preocupando-se não somente com o aspecto visual dos embutidos, mas também considerando outros elementos, como a sustentabilidade, a segurança sanitária, a saúde etc.
Além disso, ainda há uma parcela desse público que prioriza o consumo de produtos que não tenham ingredientes de origem animal — os veganos. Isso indica que, entre os fatores a serem considerados no momento da escolha ideal dos tipos de envoltório disponíveis no mercado, a demanda dos consumidores precisa ter um destaque expressivo.
Contudo, naturalmente, também há que se levar em conta as vantagens que cada tipo entrega para a própria indústria de embutidos. Logo, é preciso avaliar o custo-benefício, o risco de haver perdas na fabricação, a necessidade ou não de manuseio dos envoltórios para processos de higienização, enxágue e hidratação — o que acaba por gerar impactos quanto à confiabilidade do produto final, por elevar ou reduzir a probabilidade de contaminações —, implicando um maior tempo necessário para o preparo e uma redução da produtividade, entre outros elementos.
Diante desses aspectos, o envoltório de colágeno revela-se a opção ideal justamente por entregar uma série de benefícios que, como dito, não somente alcançam os produtores, mas também atingem os consumidores finais. Portanto, embora haja, atualmente, uma grande diversidade de opções em se tratando dos tipos de envoltório para embutidos — e até uma tradição que vem se perpetuando quanto ao uso dos envoltórios animais —, as de colágeno, como visto, representam a melhor escolha.
Agora que você já conhece um pouco mais acerca das opções disponíveis no mercado e o que considerar para uma escolha acertada, visite o nosso site e veja as nossas soluções, descobrindo como os diferenciais que oferecemos podem agregar valor ao seu produto final.